quinta-feira, 28 de junho de 2007

A fineza da espera

Aqui há dias, uma amiga minha, cujo patrão é advogado dizia-me estar furiosa com ele porque, às vezes, deixava os clientes à espera uma hora. Dizia ela que, então, entrava no escritório do patrão e dizia "Então como é? As pessoas estão à espera!". "É fino deixar as pessoas esperar", respondia ele...
"Fino"? Não sei, a mim parece mais uma falta de educação... mas pode ser só a minha opinião. Estas pessoas da preudo- high society, a meu ver, são todas umas belas noivas... a diferença é que os noivos não pagam para casar, ao contrário das pessoas que recorrem aos advogados. Essas pagam e não pagam nada mal.
Uma conhecida minha despejou, no mês passado, 900 euros para que um solicitador lhe fizesse uns papéis por causa de separação de bens... 900 euros são mais de dois salários mínimos. Mas pronto, está bem, este é um valor absurdo. Digamos 100 euros por um papelinho... para uma família que realmente precise desse papelinho e que tenha dois filhos para sustentar com dois salários mínimos, esses 100 euros poderão ser um grande rombo.
Sei que, provavelmente, estou a falar um pouco de cor, porque não tenho conhecimento das despesas que um advogado tem, mas a verdade é que estes valores me parecem demasiado exagerados. E, tendo em conta que, porta sim porta não, se vêem placas de advogados, não deveriam os seus serviços ser um pouco pior pagos?
Não me parece que isto vá mudar, pelo menos por agora, enquanto houver cães grandes os pequenos são comidos mas, por favor, deixar à espera porque é "fino"?

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Caos

Este é o meu primeiro texto neste blog (uma informação importantíssima para quem tiver dificuldade em perceber o óbvio). Levei tanto tempo a começar porque para além de andar sem Internet em casa (infoescluido, eu sei, mas com orgulho) ainda por cima andava com profundas duvidas sobre o que escrever. Não tanto por falta de ideias, mas porque as que tinha soavam-me muito a coisas completamente aleatórias, ideias que eram lançadas ao acaso para a minha mente por qualquer coisinha pequenina que via, ouvia ou sentia. Afinal cada dia tem, no mínimo, uma centena de temas diferentes. Há o tema do sol a brilhar no mar, há o tema dos carros que passam na rua e fazem uma barulheira desgraçada, há o tema do verão e da sua similaridade com um spot publicitário para batatas fritas e há, um dos meus mais recentes interesses, o tema dos dentes. Cada um deles leva a uma data enorme de considerações, as coisas pequenas geralmente fazem isso (mais até do que as grandes). Acho que é nelas e na forma como se ligam entre si que se pode começar a entender um pouco do mundo.

Foi quando cheguei a este ponto que dei por mim a pensar "ora bolas Rui, já tens um tema, o caos em que vives." E é verdade, não me atrevo a dizer que sei que o Universo é caótico (embora pense que sim), mas sei que a minha forma de o ver é. Acho que esta é a melhor apresentação que posso fazer de mim. Na minha mente tudo influencia tudo o resto, há poucas certezas, excepto aquelas que escolho ter para não enlouquecer com o dia a dia. Mas também é isto que me faz sentir que a vida vale a pena (e é tão assustadora), o facto de saber que "agora" estou "aqui", mas daqui a muito menos de um segundo sabe Deus (ou não) onde estarei...
Isto é o meu caos...

Polícia e Tribunais


A minha secção preferida do JN não é a Cultura (apesar de gostar), não é a política (apesar de às vezes me entreter), não é a sociedade nem tão pouco os media. A secção que mais me diverte é a da Polícia e Tribunais, tal e qual um bom tasqueiro... Às vezes só os títulos são suficientes para me cativar naquela escrita tão "profunda" como uma punhalada...
Hoje, porém, os títulos não me chamaram muito a atenção, afinal o que é isto de colocar, em tão nobre secção do JN, notícias dessa gente do futebol???

Vejamos:
"Ministério Público valida três acusações contra Carolina"- futebol
"Valentim nas mãos de enteada de Pôncio" - futebol

As fraquinhas:
"Só uma testemunha reconheceu um dos agressores de Assis" - quem é que quer saber se há UMA testemunha que reconheceru UM dos agressores do Assis em 2003???
"Pistas de Malta e Marrocos quase descartadas pela PJ" - Muito longe...

E agora vêm as boas:
"Assaltantes de multibanco condenados a prisão" - Ah seus gatunos!
"Sem-abrigo luso matou espanhol" - Esta é boa! Com aqueles pormenores mórbidos e tudo!

A vencedora:
"Matou vizinho com tiro de pistola" - Só o título... muito bom, sem sujeito é mais forte! Quem é que matou mesmo? Ah! um tipo lá de... Ordonho!

Um à parte, hoje há, nesta bela secção, uma notícia sobre a minha santa terrinha: Viana do Castelo

"Falso padre desaparece em Viana" - a cereja em cima do bolo!

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Chegou o correio! Bip!


Hoje recebi por e-mail esta curiosa imagem...
Gosto sempre de encontrar boas publicidades, de ver que há boas ideias, às vezes simples, mas das quais ninguém se tinha lembrado antes.
Esta imagem, além de ternurenta, faz-me reflectir.
Ainda me lembro de, em miúda, quando me separava da minha melhor amiga nas férias de Verão, gastar papel e caneta, quase semana sim - semana sim, para manter com ela a conversa em dia. Era uma felicidade ver aqueles envelopes chegar, dois dias depois de serem escritos. Separava-nos meia hora de viagem, no entanto, para crianças de oito anos, isso era uma eternidade... Assim, as cartas - ora com texto, ora com desenhos - mantinham duas amigas inseparáveis (quase) juntas. Mesmo mais tarde, já com 13/14 anos, eram as cartas que mantinham o contacto entre grandes amigos e amigos casuais, de quem a distância não era, de todo, amiga.
Na altura, ter um telemóvel era quase uma miragem, a primeira vez que vi um pareceu-me uma aberração milagrosa. Aberração por ser quase maior do que um telefone fixo, milagrosa porque não tinha fios...
Tive o meu primeiro telemóvel com 16 anos, fiquei tão feliz como um dos miúdos dos dias de hoje quando recebem uma playstation. Então, aprendi a enviar mensagens e deixei de escrever cartas, até hoje. Bem, às vezes quando vou de férias escrevo um postal ou outro para os amigos mais próximos, mas não é a mesma coisa... E as cartas que recebo ou são do banco ou de publicidade.
As mensagens e a comunicação instantânea, entre as pessoas, tornou-se tão banal que já não se dá a importância merecida ao contacto de alguém, é tudo fácil demais, rápido demais, é dito e feito. Por isso, quando hoje vi esta publicidade senti-me num súbito regresso à infância, pois cada vez que recebia um daqueles envelopes amassados escritos com uma letra torta, sentia-me assim: abraçada!

Nova casa...

Pois é, este zOOmdideias, ainda tão recente, já mudou de casa!
Agora no blogspot... Não que o blogsome fosse mau, mas este servidor é muito mais acessível, e permite a presença de mais de um autor em cada blog...
Como agora tenho comigo um novo colaborador, deixa de ser necessário cada um assinar os seus textos, o blogspot faz isso automaticamente.
Também copiei os posts e os comentários do blogsome para aqui, para que não se perca "pitada"!

Segunda Vida

E se pudessemos viver outra vida além da nossa? Não me refiro àquela que muitos acreditam vir depois da morte, mas a uma que, pelo menos ao que parece, existe. Não sendo real é… virtual!
“Second Life”, cujo slogan é “Your World. Your Imagination”, é uma espécie de realidade virtual onde o utilizador (qualquer um de nós) adquire uma “nova vida”: um novo nome, pode escolher o corte e a cor do cabelo, a cor dos olhos, a roupa, a cor da pele e até a constituição do próprio corpo. Neste novo mundo pode-se voar, existe o teletransporte, há escola, há eventos culturais, bares, é possível até casar! A única regra (que é suposto cumprir) é não confundir a segunda vida com a primeira, essa real!
Há cerca de três meses ouvi falar desta “vida paralela” num dos nossos diários nacionais. Na altura passou-me completamente ao lado, mas a realidade é que as notícias têm vindo a suceder-se e, no passado dia 11 despertou-me a atenção no programa da tarde da TSF.
No programa em questão, houve o testemunho de um professor de Hipermédia & Estruturas Narrativas da Universidade do Porto, cujas aulas são dadas na “Second Life”, e hoje, novamente num diário, li que a proxima telenovela da rede Globo será, também, rodada e transmitida na “Second Life”.
Já tive oportunidade de experimentar este novo fenómeno… não é difícil, mas viciante, tal como um jogo de computador.
Contudo, quais serão as consequências desta inovação tecnológica?
Até que ponto as pessoas não irão confundir as duas vidas e utilizar a “Second Life” como uma sala de chat?
Ou pior: Qual será o grau de dependência relativamente a isto? Não nos esqueceremos de viver a vida real para passar a viver a segunda? Não estaremos a cair na realidade “Matrix”? (perdoem-me o dramatismo!)
Se tivermos tudo isto em conta, “Second Life” pode até ser um agradável joguinho.

Para quem quiser brincar gratuitamente: http://secondlife.com



zOOmdideias?

Porquê zOOmdideias?
A ideia era ser Pensatório (como o do Dumbledore), mas descobri que no Brasil há dezenas de blogues chamados pensatório!!!
Ainda ponderei se o pensatório português poderia ser diferente de um brasileiro, e seria de certeza, mas cheguei à conclusão de que o melhor seria não repetir (falta de originalidade, cara! Né?!).
Então veio-me à ideia a palavra ideias… mas não chegava… muito básico…
As imagens, as imagens são fundamentais ainda que cada vez mais raras.
ImagideiasIdeimagem … gosto de neologismos (principalmente quando os invento eu) mas não serve! Fotideias? Não, não me parece muito bem… deixa pensar o que a máquina tem: lentes (lembra um grupo óptico), flash (não havia uma programa com esse nome?), macro (faz lembrar um supermercado), zoom (humm). E se for zOOm (assim com dois olhinhos bem grandes)? É giro, vá! E o zOOm pode-se aplicar à fotografia, mas também às ideias de forma a aprofundá-las… Pode ser: zOOm de ideias que cai para zOOmdideias. Está feito! É assim que se escolhe um nome! :)

(possível) regresso

A bloguesfera tem daquelas correntes que me correm no sangue.
É um mundo que, para quem o descobre, é difícil de abandonar.
Às vezes cansa, como já tantas vezes me cansou. E, para quem não gosta de compromissos, o nosso blogue é, muitas vezes, pior do que o próprio casamento.
Cansei-me, “divorciei-me” e aqui estou eu novamente, depois de muito ponderar em iniciar um novo “banco de ideias” aberto ao público. Decidi-me (não sei por quanto tempo, por quanto der).
Este zOOmdideias será (ou tentará ser) diferente do anterior. Este é o meu caderno preto, aquele onde escrevo o que me vem à cabeça: os maiores disparates ou as minhas mais verdadeiras verdades (permitam-me a redundância).
E as fotos que tanto decoraram o meu anterior blogue? Elas continuarão lá para os que as quiserem continuar a ver. Este zOOmdideias
terá também fotografias (sobretudo minhas), ou pelo menos isso faz parte do plano…
Sei que as audiências não chegarão aos números das anteriores, mas para que é que eu quero ser uma TVI quando posso ser uma RTP2? :)