sexta-feira, 22 de junho de 2007

Chegou o correio! Bip!


Hoje recebi por e-mail esta curiosa imagem...
Gosto sempre de encontrar boas publicidades, de ver que há boas ideias, às vezes simples, mas das quais ninguém se tinha lembrado antes.
Esta imagem, além de ternurenta, faz-me reflectir.
Ainda me lembro de, em miúda, quando me separava da minha melhor amiga nas férias de Verão, gastar papel e caneta, quase semana sim - semana sim, para manter com ela a conversa em dia. Era uma felicidade ver aqueles envelopes chegar, dois dias depois de serem escritos. Separava-nos meia hora de viagem, no entanto, para crianças de oito anos, isso era uma eternidade... Assim, as cartas - ora com texto, ora com desenhos - mantinham duas amigas inseparáveis (quase) juntas. Mesmo mais tarde, já com 13/14 anos, eram as cartas que mantinham o contacto entre grandes amigos e amigos casuais, de quem a distância não era, de todo, amiga.
Na altura, ter um telemóvel era quase uma miragem, a primeira vez que vi um pareceu-me uma aberração milagrosa. Aberração por ser quase maior do que um telefone fixo, milagrosa porque não tinha fios...
Tive o meu primeiro telemóvel com 16 anos, fiquei tão feliz como um dos miúdos dos dias de hoje quando recebem uma playstation. Então, aprendi a enviar mensagens e deixei de escrever cartas, até hoje. Bem, às vezes quando vou de férias escrevo um postal ou outro para os amigos mais próximos, mas não é a mesma coisa... E as cartas que recebo ou são do banco ou de publicidade.
As mensagens e a comunicação instantânea, entre as pessoas, tornou-se tão banal que já não se dá a importância merecida ao contacto de alguém, é tudo fácil demais, rápido demais, é dito e feito. Por isso, quando hoje vi esta publicidade senti-me num súbito regresso à infância, pois cada vez que recebia um daqueles envelopes amassados escritos com uma letra torta, sentia-me assim: abraçada!

1 comentário:

Anónimo disse...

Bonita imagem e bonito texto. E fez-me arrepender de ter dado um telemóvel às minhas filhas.